Texto do colunista Fernando Oliveira, "Na TV", portal IG
No auge do sucesso, quando estreou a “Casa dos Artistas 2″, Silvio Santos tinha plena certeza de que repetiria o êxito da pioneira primeira edição. No entanto, passou-se uma semana e veio a primeira surpresa. O eliminado, Lulo, teria uma segunda chance. E assim foi. Ficou mais uma semana na casa apenas para ser limado da competição de novo. O mesmo se repetiu com outros famosos, que não tiveram o mesmo destino do ator e cantor e foram se acumulando. No meio do reality show, outra novidade: dois novos participantes, Rafael Vanucci e Carola Scarpa invadiram o programa. Um deles, inclusive, acabou ganhando o prêmio. Mas aí já era tarde demais e os números já tinham despencado.
Em tempos de “BBB 11″, é importante que Boninho e a Globo lembrem desse caso. Ao longo das primeiras semanas, não faltaram novidades no programa. Tudo para que os participantes, que mais pareciam samambaias, acordassem para o jogo. E, por incrível que pareça, no momento em que a competição começou a deslanchar, com fagulhas de conflito, já era tarde demais. Mais uma surpresa estava engatilhada e dois novos personagens foram inseridos na trama: Adriana e Wesley. Ao contrário do que esperava-se, eles não “causaram”. A loira manteve-se anímica. O fortão tentou a todo custo – sem muito sucesso – conquistar Maria. Para apimentar ainda mais a disputa, Maurício voltou para o jogo por meio da Casa de Vidro. Anuncia-se, assim, a possibilidade de se formar um triângulo amoroso. Ledo engano.
Não há dúvidas de que Mau Mau é um cara muito bacana. Tão bacana que não deve causar a mínima confusão quanto ao assunto. Dificilmente o conflito será resolvido com algo que não um diálogo. Ou seja: ingrediente não muito necessário num reality show. Acumulam-se jogadores na batalha pelo prêmio milionário e o propósito da produção, eliminar um a um, tem sido colocado em segundo plano. Reality show só fica legal conforme as chances vão sendo afuniladas.
Maurício já disse que voltou para “jogar com o coração”. Desde já mostra-se como um provável finalista do programa. Que pelo menos, para apimentar a atração, ele protagonize um remake do paredão no qual enfrentou Diogo. E que dessa vez o resultado seja diferente. Afinal de contas, está difícil de aguentar o hiperativo coreógrafo. Só mesmo abaixando o volume da TV a cada vez que ele surge. Novidade é bom e todo mundo gosta. Mas é preciso cuidado. Quando em excesso, pode surtir o efeito contrário. Não esqueça da “Casa dos Artistas”, Boninho!
Michel relembra sua experiência no "BBB 10"
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