Travestis e transexuais de Sertãozinho serão tratadas na rede de saúde pelo nome social
Reportagem Especial: Orlando Mota
A partir de agora, travestis e transexuais de Sertãozinho deverão ser tratadas pelos nomes sociais na Rede Municipal de Saúde. A Administração Municipal homologou uma resolução do Conselho Municipal de Saúde (CMS), aprovada em reunião do dia 17 de março, estabelecendo a adoção do nome social para pacientes gays, lésbicas e transexuais, caso seja solicitado.
O objetivo é eliminar atitudes preconceituosas ou discriminações em relação e esses pacientes, no atendimento, evitando desconfortos e constrangimentos. Com a medida, esses pacientes não se isentam de apresentar documentos oficiais, porém, terão o direito de ser chamado durante o atendimento pelo nome adotado.
Para entender melhor, veja esse exemplo: um paciente do sexo masculino, com nome oficial de Antônio, mas que adotou o nome Beatriz, poderá ser chamado dessa forma pelos servidores. "Para elas é um alívio, pois quando vão aos postinhos como mulher e os profissionais da saúde, enfermeiros, atendentes e médicos, a chamam pelo nome de homem, elas se sentem muito mal e constrangidas", declarou o presidente da ONG Primavera de Sertãozinho, Rodrigo da Silva Cavalheiro, que prosseguiu: " A próxima etapa será acrescentar nos dados delas registrados nestes lugares o nome social. Também será promovida uma capacitação para todos os profissionais da saúde, explicando um pouco sobre o universo das travestis e transexuais".
O presidente do CMS, Celso Gomes Martins, comentou a decisão: "É preciso garantir o acesso a um serviço de qualidade para todos os municipes, independente da sua orientação sexual. Eles pagam seus impostos como qualquer outra pessoa. Por isso devem ser respeitados como cidadãos. Mais do que uma questão humanitária, é uma questão legal", concluiu.
Matéria extraída do jornal Momento Atual.
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