Zé Celso Martinez não tem a menor dúvida de que "todo homofóbico é uma bicha enrustida".
Redator-chefe da revista Trip, Lino Bocchini fala ao MIX Brasil sobre a repercussão do beijo gay na capa da revista.
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Como surgiu a ideia de montar uma edição sobre a diversidade sexual e de publicar o beijo gay na capa?
Há quatro anos estamos trabalhando com edições temáticas. Nas últimas vinte edições voltamos o olhar para temas mais relevantes, mais contemporâneos, que exerçam influência direta sobre a sociedade. No começo deste ano, lançamos a ideia de publicar uma edição sobre diversidade sexual com um viés bem contundente. Não é à tôa que nos posicionamos na capa. Com relação ao beijo, nas reuniões de pauta, pensamos em algo que representasse a própria revista, e desde a primeira edição sempre tratamos da cultura do surfe. Junto a isso, era importante escolher um grupo no qual a gente soubesse que existem gays, mas do qual não se fala. Optamos por uma capa com um beijo sutil, carinhoso, afetivo. Não é possível que alguém se incomode, a menos que essa pessoa tenha problemas com a homossexualidade.
Vocês sentiram uma repercussão negativa vinda de leitores mais conservadores?
A maior parte dos comentários foi positiva. Dá até para acompanhar pelo Facebook. Há uma pequena parcela de comentários pejorativos – sustentados pela religião e pela intolerância – que não merecem resposta. Mas é importante que existam essas opiniões, para que todos vejam como eles são minoritários e até ridículos.
Imaginavam que a capa fosse repercutir tanto, até mais do que o conteúdo?
Ainda não tivemos como avaliar a repercussão do conteúdo, já que a revista chegou ontem nas bancas. Com relação a capa, a gente imaginou sim, mas não esperávamos tanto.
Vocês pensam em tratar do assunto novamente? É um tema que será sempre abordado ou só esporadicamente?
A diversidade sexual é um assunto que vira e mexe está na revista. A redação até fala que eu adoro fazer matérias sobre travestis. Tem até uma matéria que fiz para esta edição com o Wesley T-Lover, um dos raros homens que assumem gostar de travestis. Mas essa questão de sexualidade é o de menos. Como disse a nossa colunista Milly Lacombe, o ideal seria que não existisse este tipo de rotulação. Mas este assunto sempre esteve na revista e continuará sendo tratado sim, mostrando nossa posição pelo respeito à diversidade.
Oi Dani, tudo bem ? É, essa edição da "TRIP" está dando o que falar, viu...
ResponderExcluirTodo mundo está comentando (seja prá melhor ou prá pior) e eu pretendo comprar a revista assim que puder !!
Nesse meio tempo, olha essa matéria desse blog (que, como o seu, eu também sempre acompanho) :
http://muquedepeao.blogspot.com/2011/10/barato-viajante.html
Beijão e boa semana por aí !!